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3/5 stars
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O álbum autoentitulado da banda parece tentar esquecer o que faz eles serem tão importantes, mas ainda acidentalmente atinge uma qualidade considerável com as escritas e as composições mais curtas.

Mars Volta é um grupo que, quando eu escutei Frances The Mute em 2014 pela primeira vez, eu fiquei legitimamente em choque com a qualidade daquilo. Depois dele eu escutei o primeiro álbum e fiquei mais embasbacado com a sonoridade que alcançaram ele (mesmo com a produção do Rick Rubin).

É meio engraçado que no fim das contas, um dos projetos mais fracos da banda é o que eu mais escuto, e é o próprio autoentitulado (e a versão acústica dele).

Depois de dois anos escutando essa versão do álbum, eu finalmente comecei a apreciar mais a direção que ele vai.

O fato é que as 4 faixas iniciais, poderiam ser apenas uma, e dá pra perceber que eles mesmos sabem disso, visto que a transição entre essas faixas é praticamente perfeita. Difícilmente eu chamaria de prog mesmo se as 4 estivessem fundidas, mas a ideia é bem percebível.

Pra mim a maior pena desse álbum é como certas faixas só acabam bem cedo. Fica parecendo que um solo de guitarra ou uma mudança no tempo da faixa seria o ideal, mas.... ela só acaba. Acho que a que mais sofreu com isso é a Que Dios Te Maldiga Mi Corazón. É uma das faixas mais interessantes em questão de som... e ela dura menos de dois minutos.

Se a ideia da banda é fazer coisas mais mastigadas e rápidas de absorver, eu sou completamente bem vindo á ideia, mas se essa mesma banda falha em entender o que faz uma faixa mais curta ser interessante, daí realmente não tem muito o que fazer.

Por mais que seja um álbum que eu revisite com certa frequência, ele ainda me faz desejar muito, mas muito mais mesmo.

Faixas favoritas: Blacklight Shine, Graveyard Love, Shore Story, No Case Gain, Equus 3

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